Tudo mudou há exatos 2 meses, 1 semana, 6 dias e 14 horas. Parece exagero contar o tempo assim, mas, há exatamente esse tempo, aprendi o quanto o tempo é importante, e como as vezes ele faz toda a diferença entre a vida e a morte.
Minha peixinha Bruna não foi planejada, mas nem por isso foi pouco amada, na verdade ela foi muito, mas muito amada.
Descobri que estava gravida com 6 semanas, tinha saído do meu trabalho de anos e estava no meu novo emprego há 15 dias, e meu namorado estava passando um tempo fora do Brasil. Foi um susto para todos nós, mas desde o primeiro momento o amor foi enorme.
Demoramos um tempo para processar tudo, mas logo a Bruna se tornou parte das nossas vidas, e o nosso amor maior.
A gestação correu normal, somos um casal jovem, e nunca pensamos que pudesse haver algum problema comigo ou com a Bruna. Todos exames e testes estavam normais desde o início. A gravidez foi vivida intensamente, em todos os sentidos, assim que descobri mudei imediatamente tudo em minha vida, no trabalho, na academia, na alimentação, no sono, ou seja, mudei toda a minha vida.
Costumo falar que tive tudo que o que uma gravida pode ter, abria o Baby center todos os dias, e todos os dias tudo que eu estava sentindo estava lá! Parecia mais um oraculo, que adivinhava tudo o que eu sentia! Enjoos, cabelos oleosos, espinhas na pele, sangramento na gengiva, vasinhos estourados e por ai vai….
Então com 21 semanas fizemos o temido ultrassom morfológico, e graças a Deus estava tudo bem, Bruna estava perfeita, com o peso e tamanho ideal, e todos os órgãos perfeitos, e o meu útero lindo e fechadinho.
Foi então que, com 23 semanas achei que tinha algo errado, a Bruna mexia muito, até demais para um bebe de 23 semanas, mas sem nenhuma razão ela começou a mexer pouquíssimo, e foi ai que entrei em contato com nossa medica, ela me acalmou e disse que se ela mexesse 1x de manhã e 1x a noite estava tudo bem.
No outro dia ela mexeu 2 x no dia, e então fiquei mais tranquila, mas ainda assim aquilo não saia da minha cabeça, e eu senti mais uma vez que tinha algo errado, foi ai que entrei novamente em contato com a minha GO e disse que faria um ultra som, ela disse que não precisava, mas se fosse para me deixar mais tranquila era para fazer sim. Era uma quinta feira, e marquei o ultrassom para o sábado pela manhã. Falei com meu namorado e ele tbm achou melhor fazer, e depois ele me disse que tbm estava sentindo algo diferente dessa vez.
Na sexta a noite saímos, voltamos tarde e na volta colocamos pink floyd para ela ouvir : ) Com um fone grande na minha barriga, ela mexeu muito, e senti um alivio que não sentia há dias, pois estava muito angustiada até então, e depois de sentir ela chutar tanto relaxei um pouco, pensamos por um momento em não fazer o ultra no outro dia, mas depois resolvemos fazer.
No sábado acordei super bem, sem sentir absolutamente nada, estava super bem disposta, e então fomos para a clínica fazer o ultra som, lembro de chegar na clínica e ver na tv sobre os atentados em Paris, que tinham acontecido na noite anterior, e ficava pensando nas pessoas que tinham morrida lá, e pensei no desespero dos pais e famílias daquelas pessoas.
Entramos então para o exame, e logo que a medica começou eu vi minha peixinha, nadando pra lá e pra cá, ela estava super ativa e grande, e nesse momento meu coração se encheu de alegria. A medica disse que ela estava ótima e perfeita, e quando ela abaixou um pouco percebeu uma sombra no meu útero, disse que poderia ser a sombra do exame, mas que se eu não importasse ela gostaria de fazer mais um ultrassom, para ver melhor o colo do meu útero. Lembro dela dizendo comigo e meu namorado “ Vamos fazer, para vocês irem embora tranquilos e eu ir embora tranquila tbm “ Enquanto ela fazia o exame ela diz para o meu namorado “ Olha, vc vai passar a mão no telefone, ligar agora para sua medica e dizer para ela te encontrar no hospital vila da serra, pq seu bebe está prestes a nascer” Nesse momento meu mundo caiu, eu senti um arrepio no meu corpo inteiro e soube que, a partir daquele momento nossas vidas jamais seriam as mesmas.
Ligamos para nossa medica, que não teve nenhum tato para falar que nossa situação era muito grave, e que se acontecesse um milagre aguentaríamos 2 semanas, e a situação da Bruna seria péssima, pois ela tinha apenas 23 semanas e 4 dias de gestação, nasceria prematura extrema. Descobrimos então que eu estava com o colo do útero apagado, o mesmo colo que estava perfeito há 2 semanas e meia no ultra morfológico, e a minha bolsa gestacional estava herniada, e eu sem sentir absolutamente nada!
Saímos de lá sem entender muita coisa, e nem sei como conseguimos chegar no Villa, chegamos e fomos atendidos pela plantonista, que ao me examinar disse para nós que pela idade gestacional a nossa bebe não era viável, e se ela nascesse naquele dia não investiriam nela.
Nosso mundo caiu naquele momento, como alguém pode julgar, por qualquer critério que seja, em que vida investir ou não? Era da nossa filha que estavam falando, e pra gente ela era não era um ser inviável, ela era nosso bebe! Nossa filha! Que nós já amávamos mais que tudo no mundo!
Fizeram os primeiros exames e subimos para internação, naquele momento sabia que só sairia daquele hospital não gravida, e isso me dava arrepios só de pensar, sabia que a partir daquele momento minha gestação era de alto risco, sabia que não sairia de lá com a nossa bebe no colo, pq se tudo desse o mais certo que pudesse dar ela passaria meses na uti. E então tudo que eu sonhei e planejei, para o momento do parto, para o pós parto, o chá de bebe, o final da gestação, o parto normal, absolutamente todos os planos estavam desabando, e que eu teria que lutar para que nossa filha ficasse 1 hora que fosse a mais na minha barriga, e foi ai a primeira vez que me senti fora do controle na gestação e na minha vida, senti que eu não mandava em mais nada e que não tinha o controle de absolutamente nada, que o único que tinha controle da nossas vidas era Deus.
Não tínhamos muita informação e ficamos assim, sem saber o que estava acontecendo de fato até a noite, foram as horas mais agoniantes da nossa vida, pois nenhum médico do hospital nos visitou durante horas, e nossa ex medica não prestou nenhuma assistência a partir daquele momento. Estávamos lá, desesperados sem saber de nada, apenas com duas informações, que precisávamos de um milagre para durar 2 semanas e que se a Bruna nascesse naquele dia não investiriam nela.
Foi quando então, à noite, Deus nos mandou nosso primeiro anjo, o Dr Fred, da equipe de alto risco do Hospital, a equipe toda era incrível, mas o Dr Fred e o Dr Schneider eram médicos realmente diferenciados. Ele nos disse que se a Bruna nascesse eles investiriam sim, tudo o que poderiam nela, e investiriam em mim tbm, para que eu pudesse segurar o máximo que pudesse a gestação, pois cada minuto dentro da minha barriga era importante para a sobrevivência da nossa filha, mas que, para que isso fosse possível, precisaria de ficar em repouso absoluto, sem levantar para nada até ela nascer.
Nunca nos deram falsas esperanças, nunca falaram em tempo, pois eu era uma bomba relógio, que poderia dilatar e entrar em trabalho de parto a qualquer momento. Precisaria tbm ser medicada, para tentarmos evitar as contrações. Soubemos tbm que eu não poderia fazer a ciclagem, que é costurar o colo do útero, para ele não abrir, pois a bolsa já estava herniada.
Bombardeamos o médico de perguntas, eu e meu namorado, e ele era muito firme em dizer que não tinham nem ideia de quanto tempo eu aguentaria. Nesse momento o meu diagnostico era: um caso clássico de insuficiência cervical, um problema silencioso, muito difícil de ser diagnosticado antes, principalmente pq eu não tinha nenhuma pré-disposição para a insuficiência, e saber desde o começo que eu não poderia ter evitado isso e nada que eu fiz poderia ter provocado a insuficiência foi realmente um grande alivio.
A partir daí fomos muito bem acolhidos pela equipe fantástica de alto risco do hospital, descobrimos então que estávamos no melhor lugar que poderíamos estar no nosso caso, tanto para evitar um trabalho de parto prematuro quanto para que se a Bruna nascesse, pois lá tem umas das melhores uti neonatais do Brasil e ficamos muito aliviados por isso. Tínhamos a certeza de que, se a Bruna nos avisou que algo estava errado era pq Deus não queria que desse errado, naquele momento interpretamos isso como um sinal divino, pq se não fosse isso para que eu teria esse pressentimento? Afinal, se não tivéssemos feito o ultrassom ela poderia ter nascido no trabalho, no transito, na rua, e aí não teria nenhuma chance de vida, então vimos isso como um sinal, e realmente foi, só que naquele momento interpretamos errado esse sinal.
E começamos assim nossa jornada de 40 dias internados, digo internados pois meu namorado esteve o tempo todo ao nosso lado, o laço de pai e filha foi formado ali, naquele hospital, naqueles 40 dias. Ele não saiu do nosso lado por nem 1 min nos primeiros 20 dias, só ai ele deixou minha mãe revezar a noite e minhas tias e irmãs durante o dia, para ele trabalhar um pouco, e mesmo assim era apenas revezar, pois ele ia levar nossa comida todos dias, foi sem dúvidas a pessoa que fez toda a diferença nesse processo todo.
As duas primeiras semanas foram a mais tensas, pois logo no segundo dia eu entrei em trabalho de parto e dilatei 2 cm, passamos o dia todo na sala de pós-parto, com a Bruna para chegar, e nesse momento só pensávamos que se ela nascesse não teria chances, pois estava completando 24 semanas naquele dia. Sabíamos que ela precisava de pelo menos 27 semana para ter alguma chance, e 28 semanas para ser um quadro totalmente diferente do nosso quadro atual. Naquele dia eu tinha certeza que ela nasceria, e que nós a perderíamos.
Deus mandou anjos em forma de medicas, que ficaram ao nosso lado o tempo todo lá em baixo, tirando todas nossas duvidas e tentando nos acalmar.
Foi aí que trocaram minha medicação, e a partir daí fiquei 37 dias ininterruptos ligada a uma bomba de medicação, nosso grande amigo Salbutamol, que junto com a progesterona não me deixavam contrair. O salbutamol é um remédio bem forte, e bem perigoso, pois poderia me causar danos cardiovasculares após o uso prolongado, e que acelerava muito os batimentos e dava uma tremedeira horrível, me sentia como se estivesse intoxicada, 24 horas por dia, mas não me importava, a única coisa que me importava era a Bruna ficar dentro da casinha dela, que era minha barriga.
A cada dia que passava mais esperanças nós tínhamos, ouvíamos muito sobre as 27 semanas, e como nosso mundo mudaria se chegássemos lá. Não coloquei nenhuma meta na minha cabeça no começo, cada minuto era realmente uma vitória. Dividi então meus dias em 4 partes: manhã, tarde, noite e madrugada, e a cada parte dessa vencida eu agradecia: Deus, obrigada por mais essa etapa! Eu rezava, orava, cantava hinos, ouvia missa na tv e no rádio o dia todo, mas essas 4 etapas eram especiais, e agradecia do fundo da alma.
Bruna tinha 680 gramas quando chegamos, e a cada ultrassom ela crescia e engordava mais, toda segunda feira fazíamos o ultrassom, era o dia que eu aguardava ansiosamente durante toda a semana, pois fizemos um regime de engorda para Bruna ganhar peso, comia comida forte duas vezes ao dia, e tudo que poderia engorda-la de maneira saudável, e no dia do parto ela tinha incríveis 1,500kg com 29 semanas.
O período de internação foi bem complicado, por causa da medicação, acessos venosos que doíam muito e eu perdia praticamente todo dia, alguns dias até mais de uma vez, tremedeiras, não podia levantar nem para fazer pipi, a respiração era muito ruim, comer deitada, injeções para não ter trombose, dores no corpo, tinha medo de respirar, tossir e espirrar então nem pensar! Posso ficar falando horas as partes ruins de ficar acamada por tanto tempo, mas, apesar de tudo eu estava no céu, e do fundo do coração, estava muito feliz, pois sabia que cada agulhada que eu ganhava lá era menos uma agulhadinha nos pequenos braços da Bruna. Me entreguei então de corpo e alma, e sabia que tinha que ser verdadeiro, pois se não fosse meu corpo expulsaria minha filha, e virei então uma hospedeira, que a única função era gerar nossa filha.
As semanas foram passando, e a sensação de estabilidade era inevitável, mesmo sabendo que não estava estável. Quando completamos as tão sonhadas 27 semanas eu relaxei, não com os cuidados, mas relaxei a minha alma. A partir daquele momento, para mim e para o meu namorado nada mais poderia dar errado. Foi então que voltamos a fazer planos para Bruna, voltamos a falar da vida com ela, e para nós o que viesse depois das 27 semanas era lucro.
Ela fez então as 28 semanas, Ah! 28 semanas! 90% de chances de sobreviver e de não ter sequelas! Era bom demais para ser verdade, estava nas nuvens! Eu realmente tinha certeza que já tinha dado tudo certo, nada mais me abalava, compramos presentes de natal para as enfermeiras, encomendei os panetones dos médicos, montamos nossa arvore de natal no quarto e estávamos preparados para passar o natal e ano novo lá, e não teria melhor lugar no mundo para isso! Bruna estava super esperta, ela passava o dia e noite me chutando, dando cotoveladas, conversávamos o dia todo, mas não podia passar muito a mão na barriga, para não estimular as contrações.
Foi então que, com 29 semanas completas, na manhã do dia 22 de dezembro de 2015 eu comecei a sentir contrações, senti que era diferente, pois até então não tinha sentido nenhuma dor com os tônus, não senti nem quando dilatei os 2 cm quando cheguei. Liguei para meu namorado e disse que a hora tinha chegado, ele disse para tirar isso da cabeça, que eram só tônus normais, mas eu sabia que o momento havia chegado. Não senti tristeza, só gratidão. Não seria como eu sempre planejei e desejei, uma gravidez normal como de todas minhas amigas, com 40 semanas, sabia que não poderia segurar minha filha na hora que nascesse e nem levaria ela para casa, sabia que a batalha a partir daquele momento seria dura, muito mais dura que a primeira batalha no hospital, pois estariam mexendo nela, no corpinho dela e não no meu, o meu eu poderia aguentar tudo, mas não sei até quando aguentaria ver mexendo no dela, e sabia que doeria muito mais, pois a dor da alma é muito maior que qualquer dor física que eu pudesse sentir. Mesmo sabendo de tudo isso só sentia amor e gratidão, por ter tido a chance de salvar a vida dela, por ter descoberto a insuficiência antes dela nascer.
Naquele momento só pensava que ela tinha 29 semanas, que era mais do que esperávamos, só pensava nos casos que eu ouvia, de bebes de 700 gramas e 27 semanas que ficavam vivos e bem, e não tinha a menor dúvida que tudo tinha dado certo!
O parto foi rápido, tive dilatação total, e Bruna veio de parto normal. Ela era linda e cabeluda, pude tocá-la quando nasceu, e ouvi sua vozinha linda, quando chorou ao nascer. Foi tudo muito rápido, e não pude curtir tanto o momento.
E foram poucos momentos de alegria, pois assim que ela nasceu, ainda na sala de parto ela teve a primeira parada cardíaca. Fiquei desesperada, não estava entendendo o que acontecia, só olhava para traz e via um monte de médicos em cima dela, só perguntava para eles se ela estava viva! Pediram para meu namorado sair da sala, e aí senti que algo estava muito errado, fui do céu ao inferno em segundos
Alguma enfermeira me disse que ela estava bem, me deram ela para abençoar, e a levaram para a uti, mas meu coração não estava tranquilo. Ainda na sala de recuperação pós-parto, antes de subir para o quarto, a medica da uti neonatal foi me ver, disse que o pulmão dela tinha nascido muito imaturo para idade, e que estavam fazendo de tudo, e que em 24 horas saberíamos se o pulmão teria respondido a medicação.
Subi para o quarto pouco tempo depois, já em prantos, pedi na hora para meu namorado conseguir alguma notícia, e depois desse momento só me lembro de estar lá em baixo, na uti neonatal, na cadeira de rodas vendo minha filha partir, no colo do pai dela, 4 horas depois de nascer.
Só quem já viveu sabe, o sentimento que é, o desespero de não ter controle, de não poder fazer nada para salvar o maior amor da sua vida, um pedaço seu, o sentimento de impotência, o descontrole, é tudo surreal.
No outro dia bem cedo recebi alta. Deixar aquele lugar foi doloroso, estava deixando o lugar onde criei o maior vínculo com minha filha, estava deixando para trás toda a esperança, todos sonhos, todo amor, estava deixando um pedaço do meu coração.
Fizemos no mesmo dia uma cerimônia bem rápida e simples, e cremamos nossa filha.
A recuperação foi lenta no começo, por causa dos 40 dias acamada, mas de todas as dores físicas, a dor da alma era a pior. Chegar em casa, com os seios cheio de leite, com meu colo e meu ventre vazios foi de longe a pior dor que já senti em toda a minha vida. É cruel e inimaginável ser uma mãe e pai recém paridos sem seu bebe.
Descobrimos na consulta de pôs parto que a causa da Bruna não ter resistido, segundo os médicos, foi uma infecção. Por isso o trabalho de parto quando começou evoluiu tão rápido, e por isso ela não respondeu a nenhuma medicação, e partiu tão rápido. Ela partiu não pela prematuridade, mas por alguma infecção que atingiu seus órgãos, alguma infecção que foi silenciosa, e veio por causa dos 40 dias acamada com o útero exposto e dilatado nesse período. Meu diagnostico final foi insuficiência cervical.
Ainda estou em recuperação, tudo ainda muito recente, estou fazendo acompanhamento psicológico e vivo um dia de cada vez. Tenho dias melhores, e dias piores, procuro não me cobrar demais nesse começo, e estou aprendendo a viver sem minha companheira, minha maior e melhor companheira, minha peixinha Bruna, que nasceria no final desse mês, e seria de peixes, assim como o pai.
Não posso dizer para quem está passando ou passou por isso como será o dia de amanhã, pois ainda não sei como será o meu tbm, ainda é tudo muito doloroso, só posso dizer que espero ficar melhor a cada dia, e quem sabe poder pensar nela e só sentir amor, pois ainda sinto uma tristeza na alma pela falta que ela me faz, ainda quase morro de saudades. Cada dia tiro mais uma lição de isso tudo, e tento descobrir o pq e o propósito de ter acontecido como aconteceu. Nesse momento só posso ter fé e esperança de dias melhores. Esperar, entregar e confiar.
Depoimento enviado pela mãe Mariana Torquetti